São Paulo, ano V

31 de maio de 2015
Posted in Oh vida!
31 de maio de 2015 Felipe

São Paulo, ano V

Alerta de médio TL;DR.

Não adianta, eu sempre fico pensativo quando meu aniversário de mudança chega. Oficialmente, mudei para São Paulo no dia 31 de maio de 2010, por volta das 22h, quando o avião pousou. Simbolicamente, foi às 9h de 1º de junho, quando comecei o trabalho no Instituto Faça Parte. E de repente, cinco também pode ser um número simbólico. Eu e São Paulo completamos bodas de madeira.

Talvez tenha demorado pra entender e gostar da cidade. Hoje eu ainda não entendo completamente, mas gosto e muito daqui. São Paulo me proporcionou experiências de trabalho que certamente não teria em Belo Horizonte. Não estou dizendo que esta é a melhor decisão para todo mundo, longe disso. Mas para mim foi. Vir para cá não é sinônimo de “vencer na vida” e ir embora também não significa falhar, muito pelo contrário. Mas posso dizer que consegui vencer meus medos nessa cidade: medo da mudança, medo da insegurança, medo de mim mesmo.

Em cinco anos morei em cinco apartamentos, mais do que minha vida inteira em BH. Morei com a Bia na São Carlos do Pinhal até junho de 2011, quando fui para o Paraíso junto com o Alexandre. Em julho de 2012 voltei pra São Carlos do Pinhal para morar com a mamãe. O plano era ficar lá até o casamento com a Carol, mas três meses depois, ela finalmente mudou-se pra cá e moramos os três no apartamento. Em janeiro de 2013, eu e Carol fomos pra Rua Paris. Um ano depois veio o Cosby e em abril de 2014 mudamos pra Pinheiros. Cosby se foi, mas estamos aqui, eu e ela, firmes e fortes.

Em cinco anos, foram três empregos. Dez meses de Instituto Faça Parte, me redescobrindo e tocando o projeto do Palco Digital e ajudando na edição 2011 do Selo Escola Solidária. Em abril de 2011, o Bruno me chamou para ajudá-lo na estruturação da comunicação online da Ciatech e foram quase três anos de aprendizado e boas entregas. Saí da Cia para o furacão chamado WorldSkills São Paulo 2015.

No post de primeiro aniversário de São Paulo. escrevi que “Se achei os quatro primeiros meses impossíveis, imagino que eles seriam bem piores se tivesse trabalhando na Berrini, já enfrentando o climão corporativo daqui“. Amigos, permitam-me falar o seguinte: Trabalhar na Berrini é muito mais tranquilo do que vocês imaginam. Hoje estou a 72 dias de fazer a maior entrega profissional da minha vida até agora, em 11 de agosto, quando começa a WorldSkills Competition. E farei isso cercado de um grupo completamente singular, que naturalmente não é 100% próximo, mas tem a preocupação de cuidar uns dos outros. São pessoas que quero manter próximas quando o furacão passar.

E sobre as pessoas próximas, são elas que ajudaram nessa jornada. Carol, meus pais, Tutu, meus tios, primos e primas, amigos e amigas. A imensa maioria de fora da cidade, que entende como é chegar num ambiente novo. E o senso comum de que é preciso se esforçar para se ver e não deixar a distância e o trabalho consumirem as relações pessoais. Isso se transformou nas pizzas na casa da Tia Eti, na casa do Tio Ângelo, nas TSs no São Cristovão e nos Natal dos Mineiros na casa da Rúbia e do Pedrinho. São pequenas coisas, mas que mostram que as dificuldades da cidade podem ser vencidas. É com jeitinho, mas vai. 🙂

Feliz aniversário pra gente, São Paulo.

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