4 de dezembro de 2012 Felipe

Analogia

Todo mundo gosta de fazer analogias. Alguns são bons nisso, outros nem tanto, mas as analogias são fundamentais para explicarmos situações de uma maneira mais fácil para alguém*. Outro dia estava no trem, vindo para o trabalho e estava escutando a conversa de duas amigas, provavelmente colegas de serviço. Uma dizendo que o projeto que ela estava envolvida era bem importante, mas ninguém estava disposto a ouvi-lo e entendê-lo, até que o Rô** (provavelmente alguém que está no topo da hierarquia – ou bem próxima dela) pediu ação e o caos tomou a repartição. Sua colega de trabalho não entendeu o que ela estava falando.

Quase que imediatamente, pensei em uma cena de filme. Fosse mais intrometido ou conhecesse as duas, falaria o seguinte: “Filha, sabe aquela cena de Homens de Preto II, quando o Will Smith está no metrô, tipo a gente, e pede pra todo mundo avançar para o vagão seguinte?” (veja a partir de 1:47 até tipo 2:20).

“Então, é exatamente isso que sua amiguinha está falando”. Numa boa, eu fiquei impressionado quando pensei nessa cena. Coisa de gênio, podem falar. Mas triste (ou chocante) foi perceber que todos nós já passamos por essa situação. De vez em quando, bem raramente, somos o Jeff, a minhoca gigante. Outras vezes, o condutor do metrô. Mas na maioria das situações, acho que o papel do Will Smith ou dos passageiros desesperados cai melhor.

Ainda assim, concluí uma coisa. Às vezes, fazer uma analogia é uma boa forma de exercitar a cabeça. E era o que eu estava precisando. Farei mais vezes. 🙂

* Aliás, registre-se, o maior criador de analogias que eu conheço é o Arthur Rezende, meu (ex-?)professor de bateria. Ele conseguia relacionar a falta de rim shots (quando você acerta pele e aro do tambor ao mesmo tempo) com garrafas de refrigerante sem gás. Uma coisa impressionante.
** Paulistanos e essa mania de abreviar ao máximo o nome das pessoas.

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