17 de maio de 2012 Felipe

TEDxBeloHorizonte

TEDxBeloHorizonte | Todas as fotos por Bruno Vieira | Conexão Periférica

E no sábado tive a felicidade de participar do TEDxBeloHorizonte. Era um evento que tinha muita curiosidade de participar, já que só conhecia a “grife” e a diretriz de que os “TED Talks”, têm que ter, no máximo, 18 minutos de duração. Não vou falar de cada palestra ou de cada momento. Isso vocês vão ver em vários blogs e coberturas diversas nas interwebs. Eu mesmo queria fazer uma cobertura “ao vivo” no twitter, mas percebi que perderia muito do evento se ficasse só nisso. Resolvi aproveitar e absorver o que aconteceu no dia, ou, para pegar carona no título do evento, para expandir meus horizontes.

Em eventos corporativos, há o espaço para o que é convencionalmente chamado de networking. Pode ser um preconceito, mas nunca acho que são momentos 100% honestos no ambiente corporativo. No TEDx foi diferente. Como o objetivo do evento é compartilhar experiências, os participantes veem esse momento com muito mais naturalidade. Talvez seja pela sacada do crachá, que tem impresso três assuntos do seu interesse, no meu caso, mobilidade, fotografia e comunicação. Ainda bem que não falei só de três assuntos, porque é natural migrar entre rodas de bate papo ou ir atrás de alguém pouco conhecido para trocar ideias. A lógica do evento é essa e isso é muito bom. Pode parecer meio clichê, mas estar no meio de pessoas que querem construir coisas legais é um atestado de que ainda é possível ter fé na humanidade.

Outro ponto fundamental é saber que os palestrantes estão ali, disponíveis o tempo todo e transitando pelos espaços comuns.Fosse eu mais solto, poderia conversar sobre urbanismo com o Roberto Andrés, sobre o Google Earth com a Rebecca Moore ou sobre montanhismo com o Satyabrata Dam. Por timidez não conversei, mas tudo bem.

Roberto Andrés | Foto: Bruno Vieira | Conexão Periférica

Roberto Andrés

Entre as 13 palestras do dia, gostei de duas em especial: Roberto Andrés e da Raquel Helen. O primeiro é professor na Escola de Arquitetura da UFMG e falou sobre uma cidade mais humana, algo que acredito, defendo e que vai merecer um post especial. E o que isso significa? Um espaço com menos asfalto e mais espaço para as pessoas. Em Belo Horizonte, 28% das pessoas fazem o trajeto casa-trabalho a pé e a cidade parece querer complicar a vida dos pedestres, ao invés de facilitar. Como? Espremendo as calçadas, tampando os rios e fazendo mais faixas de rolamento. Algo que pode servir pra muita coisa, menos para resolver o problema de trânsito das cidades.

Raquel Helen - Foto: Bruno Vieira | Conexão Periférica

Raquel Helen

Já a Raquel Helen me ensinou que pra ter as coisas, basta querer e correr atrás. No meu atual momento de vida, caiu como uma luva. Orfã, criada com a avó no bairro Santa Efigênia, poderia ter uma vida “normal”, mas não. Ano passado foi selecionada pelo programa Global Changemakers do Conselho Britânico e participou do 40º Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. No meio da sua história, falou que “não tem essa de ser velho demais ou novo demais” para começar qualquer coisa. Melhor impossível e outro sopro de esperança para esse que vos escreve.

Para complementar o começo do post, confesso que além da curiosidade, tinha um pouco de preconceito em relação ao TEDx. A tal da grife deve ser um problema, pensei. Mas não. Tem muita coisa legal e essa primeira edição do TEDxBelo Horizonte provou isso. Organização excelente, espaço sensacional, boas pessoas. Claro, é bem difícil manter o evento em alto nível o tempo todo, mas as palestras foram legais. E de quebra, eu e o Caio ainda conseguimos fazer duas edições do Ainda Sem Nome lá (Aqui e aqui.

Espero estar de volta na edição do ano que vem. Como disse, é sempre bom estar perto de gente que quer expandir os horizontes e construir coisas legais.

Ah, agradeço ao Bruno Vieira por permitir usar suas fotos sensacionais. O link para todas elas é este aqui!

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