Quando cheguei em São Paulo, lá no distante 2010, duas coisas me impressionavam na vista que tinha da janela do trabalho, em um alto 19o andar da Avenida Paulista: A infinitude de São Paulo até onde a vista alcançava e, logo abaixo do meu nariz, o Hospital Matarazzo. Um conjunto de prédios baixinhos, completamente abandonado desde 1994, no filé mignon da cidade. Desde então há uma grande discussão sobre o que fazer com o prédio: Se ele vai virar hotel, faculdade, um novo hospital, teatro, vocês escolhem…
Sempre que passava perto do prédio, ficava curioso em saber como era por dentro. Finalmente consegui, graças à exposição Made by… Feito por Brasileiros. Uma cacetada de artistas, brasileiros e estrangeiros, ocuparam os espaços do hospital para expor. Tem “de um tudo”, pintura, escultura, performances, vídeos, arte abstrata. Coisas muito legais e coisas que o release é mais valoroso que a obra em si.
Vale a visita, de qualquer maneira, pela diversidade e pelo espaço, belo e assustador ao mesmo tempo. Eu espero que o espaço do hospital se transforme em algo bacana e que não seja mais uma vítima da maldita especulação imobiliária, essa maldita.
A Fuji

Aquele auto-retrato hipster só para mostrar a câmera.
A ida à exposição foi bacana também por um outro motivo. Levei a nova câmera da casa, uma FujiFilm X-E1, para passear. Vale ressaltar que sempre me considerei um cara da Canon. Sempre que brinquei de fotografar com Canons, desde uma antiga G5 que peguei emprestada de um tio até o caso de amor que vivo com minha 5DII desde 2011.
Mas o peso e o tamanho da 5D são um problema grave. Exige uma mochila, que acaba maltratando as costas depois de algumas horas de passeio. E as pessoas sentem-se meio intimidadas com todo o aparato dela. Na busca por uma câmera menor, acabei sendo convencido pelo amigo Carlos Hauck de que a X-E1 seria uma boa opção. Realmente é. Gostosa de pegar, tão bonita quanto à 5D, mas mais charmosa. Cabe em qualquer bolsa e passa por uma câmera antiga, o que “desarma” as pessoas. Até agora, o que me incomoda é o autofoco lento em determinadas condições de luz, mas a gente se acostuma. Virou uma opção bacana de câmera. 🙂
Algumas fotos do passeio: