18 de fevereiro de 2011 Felipe

Sociologia na botoeira do elevador

Lembrei da Paula esses dias, principalmente porque ela e Carol andaram trocando umas figurinhas bacanas. E, lá na época da Labtest, ela me disse uma frase, que é definitiva: “O número de idiotas no mundo é infinito”. E é mesmo. Aliás, outro dia descobri que idiota vem do grego, e significa o “o homem privado”. Pode ser privado de inteligência, mas nesse exemplo eu vou tratar como “egoísta”. É mais uma da série “analisando o comportamento humano no cotidiano”.

O elevador do prédio onde trabalho tem um sistema inteligente. Você digita o andar desejado e ele te indica para qual elevador você deve ir. Dessa forma, consegue-se otimizar as subidas e descidas, agrupando pessoas de andares iguais ou próximos. Basta digitar uma vez pra onde você vai. Se ele estiver descendo e na possibilidade de caber mais uma alma, ele pára no andar e pronto. Claro, essa operação só ocorre sem transtornos no “Maravilhoso Mundo de Felipe Menhem”, onde as pessoas tem bom senso.

Na vida real, a proporção 1:1 nunca é respeitada. Ou são três cliques para cada pessoa (“pro elevador chegar mais rápido”) ou dois cliques para cada seis (“opa, tá indo pro 19º? Vou pegar carona”). Resultado: O elevador demora para chegar, porque ele necessariamente subirá vazio para comportar o número de vezes que o idiota digitou.

Hoje uma moça da sala ao lado bateu o recorde. Digitou 17 vezes na botoeira, pra ela e pra amiga. “Essa porcaria de elevador não chega!”, ela disse. “E é tão burro, que agora me indica um elevador diferente!”, já se encaminhando pra segunda indicação. Quando o meu (que seria o dela, mas sua ansiedade não deixa) elevador chegou, ela resolveu também pegar carona. Por meio segundo pensei em falar “agora vai no outro”. Mas seria idiotice demais da minha parte…

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Comment (1)

  1. Felipe, para algumas pessoas, entrar e sair, bem como utilizar corretamente a botoeira de elevador pode ter o mesmo nível de complexidade que o processo de aceleração de partículas…

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