Lembrei da Paula esses dias, principalmente porque ela e Carol andaram trocando umas figurinhas bacanas. E, lá na época da Labtest, ela me disse uma frase, que é definitiva: “O número de idiotas no mundo é infinito”. E é mesmo. Aliás, outro dia descobri que idiota vem do grego, e significa o “o homem privado”. Pode ser privado de inteligência, mas nesse exemplo eu vou tratar como “egoísta”. É mais uma da série “analisando o comportamento humano no cotidiano”.
O elevador do prédio onde trabalho tem um sistema inteligente. Você digita o andar desejado e ele te indica para qual elevador você deve ir. Dessa forma, consegue-se otimizar as subidas e descidas, agrupando pessoas de andares iguais ou próximos. Basta digitar uma vez pra onde você vai. Se ele estiver descendo e na possibilidade de caber mais uma alma, ele pára no andar e pronto. Claro, essa operação só ocorre sem transtornos no “Maravilhoso Mundo de Felipe Menhem”, onde as pessoas tem bom senso.
Na vida real, a proporção 1:1 nunca é respeitada. Ou são três cliques para cada pessoa (“pro elevador chegar mais rápido”) ou dois cliques para cada seis (“opa, tá indo pro 19º? Vou pegar carona”). Resultado: O elevador demora para chegar, porque ele necessariamente subirá vazio para comportar o número de vezes que o idiota digitou.
Hoje uma moça da sala ao lado bateu o recorde. Digitou 17 vezes na botoeira, pra ela e pra amiga. “Essa porcaria de elevador não chega!”, ela disse. “E é tão burro, que agora me indica um elevador diferente!”, já se encaminhando pra segunda indicação. Quando o meu (que seria o dela, mas sua ansiedade não deixa) elevador chegou, ela resolveu também pegar carona. Por meio segundo pensei em falar “agora vai no outro”. Mas seria idiotice demais da minha parte…
paula
Felipe, para algumas pessoas, entrar e sair, bem como utilizar corretamente a botoeira de elevador pode ter o mesmo nível de complexidade que o processo de aceleração de partículas…