Via de regra, o transporte público de Miami é decepcionante. Sobre trilhos são duas opções: uma linha de metrô e o monotrilho. O metrô corre em cima da terra, com umas 22 estações, todas de plataforma central e seu trajeto segue o continente, margeando o “litoral”. Já o monotrilho, chamado Metromover, é gratuito, tem um vagão, percorrendo o centro financeiro da cidade.
Fora isso, as tradicionais linhas de ônibus. Todos os veículos são climatizados, regulados na temperatura do Alasca, porém sujos. O lado bom é que existem racks para bicicleta na frente do veículo. Qualquer um pode colocar a sua ali e embarcar. As magrelas também são bem vindas no metrô, qualquer hora e em qualquer vagão.
Ainda assim, Você fica quase completamente dependente de um carro na cidade. Ontem, por exemplo, eu e Carol fizemos um périplo intermodal para chegar até um shopping. Em trânsito foram 35 minutos, o que é bem razoável. Mas ficamos dez minutos esperando o ônibus, mais 15 no metrô.
O resultado é que alguns pontos populosos da cidade ficam sem a cobertura devida. Ir para Miami Beach, vindo do centro, só é possível de ônibus e ele compartilha a mesma faixa (e os mesmos engarrafamentos) dos carros. Existe uma ciclofaixa na mesma avenida, mas a impressão é que ela vai do nada ao lugar nenhum.
Parece que existe uma segunda linha em construção e uma extensão para interligar o aeroporto à malha do metrô, mas isso resolveria parte do problema. Ou aproveitam para redesenhar o transporte viário do condado ou assumem, em tempos de sustendabilidade, que só o carro vai funcionar na cidade.