1 de setembro de 2008 Felipe

das Neves e eu

Desde a primeira vez que ouvi o disco “Ao vivo em Paris – Le Zenith” do Chico Buarque, comecei a nutrir uma admiração pelo baterista Wilson das Neves. Ele, sem dúvida foi um dos motivos que me fizeram escolher o instrumento. Tive duas oportunidades de conhecê-lo, infelizmente sem sucesso.

A primeira foi em 1999, quando assisti ao show “As Cidades” do Chico Buarque. Ao fim do show, pedi ao roadie uma baqueta do baterista Wilson das Neves. O pedido foi negado, porque das Neves estava com poucos pares e ainda havia dois shows por fazer. “Mas ele disse pra você vir aqui no domingo, depois do show, quem sabe você não vê até o Chico?”. Era o sonho, conhecer o cara, pegar uma recordação e de quebra, conhecer Chico Buarque. Domingo à noite, estava eu de novo na porta do Palácio das Artes, ansioso pelo encontro, infelizmente duas horas atrasado. Confundi o horário do show e fiquei sem nada.

A segunda, em fevereiro de 2007, mais precisamente no dia 15. Eu estava certo de que iria ao show do Wilson das Neves, agora arriscando como intérprete de sambas. Porém, nesse mesmo dia, uma garota havia me chamado pra sair. Estava titubeante em aceitar o convite, afinal de contas, era uma troca do certo pelo duvidoso. Resolvi então passar primeiro no bar, depois seguir pro show. No entanto, o papo estava tão bom e o clima tão bacana que resolvi ficar e largar das Neves pra lá. Foi a escolha certa. porque a garota era a Carol. 😉

Finalmente o dia chegou! E foi ontem, durante a Festa da Música em BH, numa noite fria na Praça da Estação. Wilson das Neves era o convidado do Chico Batera Trio. Chico é percussionista do seu xará, o Buarque há 30 anos, e em seu trio toca bateria, acompanhado de Kiko Continentino no piano e Luís Alves no contrabaixo. O show foi fantástico e das Neves apareceu para cantar sambas clássicos e contagiou a platéia.

No final do show não me contive. Fui até o backstage e pedi uma foto. Uma das pessoas mais simpáticas que já vi. Claro que precisei contar à ele a segunda parte desse caso. No mesmo instante, ele olhou pra Carol e disse: “Bom, vi que deu certo, né? Faço votos pra que vocês fiquem juntos durante muito tempo”. 😀

Obrigado duplamente, “seu” Wilson. Pelos votos de felicidade e por poder completar mais um tópico da lista de “pequenos sonhos”.

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