23 de abril de 2008 Felipe

Sensacionalismo

Se até a Ivete Sangalo desabafou sobre o caso Isabella, eu posso desabafar também. Eu estou de saco cheio da forma como a imprensa está tratando o caso. Eu estou de saco cheio do bando de desocupados que fica de plantão na delegacia e na porta da casa dos pais do acusado, para dar pedrada, xingar, fazer protesto.

Ontem, enquanto acompanhava minha mãe na visita-surpresa ao hospital, fiquei assistindo Ana Maria Braga. Ela estava cercada de juristas, advogados e sei lá mais quem discutindo sobre o caso e fazendo uma conexão com o crime dos Richthofen.

De tarde, assisti ao Datena, o boçal-mor. No fundo do estúdio, camisetas com estampas pedindo por justiça. E uma votação que contabilizava mais de 14 mil votos, sendo 10 mil favoráveis: “Você acha que a polícia conseguirá provar a culpa do casal?”. Como assim? Que tipo de pergunta cretina é essa?

Fato 1: Eu não tenho dúvidas que esse sensacionalismo é o responsável por essa equivocada comoção popular. A imprensa começou tomando cuidado para não acusar o casal cedo demais, com medo de virar uma Escola Base 2. Mas penso que, com o desenrolar das investigações, meus colegas de profissão resolveram deixar essa precaução de lado.

Fato 2: E ninguém se reune na porta da prefeitura do Rio para protestar contra a dengue, que é um caso muito pior.

Comments (2)

  1. BigHeadMyFriend,

    Além dos pontos apresentados por vc, penso tb no quanto de félasdumasputa que estão se refestelando com meu dinheito em BSB uma hora dessas, desviando dinheiro publico, oq prejudicará milhares de crianças q nem foram jogadas de nenhuma janela ainda, e q nem tem os pais psicóticos nem nada. Enfim.
    Os olofotes não só monopolizam a atenção em detrimento de assuntos de maior pertinência como têm a capacidade brutal de congestionar o cérebro e a massa crítica da população q não fala de outra coisa na fila das padarias, pontos de ônibus, filas de banco, elevador então, nem te conto!

    Como diria Shakespeare em sua célebre frase: “The end is near”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *