Sábado foi dia de Paulinho da Viola. E eu acho que o Paulinho da Viola sempre merece o Palácio das Artes, tanto pela acústica, como pelo público.
Explico: O show aconteceu no Chevrolet Hall, famoso pela sua acústica “desafiadora” (eu achava que era ruim, mas vi alguns bons shows lá, inclusive o do Dream Theater no dia seguinte). Seguindo o padrão de alguns shows, nesse a organização separou 3/4 da pista para cadeiras, deixando as arquibancadas e o quarto final da pista como um setor só. Acompanhamos, eu e Carolina, metade do show em pé e a outra metade sentados nas arquibancadas e foi uma pena ver o péssimo comportamento de parte do público.
No show de sábado, grande parte dos que estavam em pé e alguns das arquibancadas conversavam, achando que estavam vendo Copo Lagoinha na Utópica, por exemplo. Era samba, mas era outro ambiente, bem diferente do “oba-oba” da Utópica, ou do Reciclo, por exemplo. Paulinho da Viola é um show para se ver calado, principalmente entre as músicas, momento que ele conversa com a platéia, num tom de voz cadenciado e calmo. Nessa hora, ouvia um burburinho constante seguidos de “shhh!” (onomatopéia para pedido de silêncio) dos que estavam incomodados. Resultado: ficou um clima estranho.
No palco, Paulinho desfilou a elegância e fineza de sempre. Não tem como não gostar de um cara desses. Repertório do CD Acústico, mais algumas outras músicas. Quem prestou atenção no show não se arrependeu! 😉