10 de fevereiro de 2005 Felipe

Carnaval

Antes de mais nada, esse post é uma compilação dos dias em Barbacena.

Passarinho que come pedra sabe o cú que tem. De vez em quando a gente paga o preço de ter casa na rua principal de Barbacena, mas dessa vez saiu caro demais. Chegamos no começo da tarde de sábado e fomos contemplados com uma caixa de som montada (literalmente) na porta da casa. Todos os dias, precisamente às 13h45, o som começava. “Festa no Apê”, os hinos de Flamengo e Corinthians e todos os hits baianos comiam soltos, até mais ou menos umas 4 da manhã. A banda contratada pela prefeitura era a encarregada do som entre 22 e meia noite. Em todos os dias o repertório foi exatamente o mesmo. Aliás, eu gostaria de saber porque nessas bandas, os vocais sempre copiam as vozes dos cantores baianos, mesmo fazendo cover de Pitty, Skank ou Jota Quest.
Enfim, após algum estudo conseguimos desligar a caixa que tanto nos artomentava. A felicidade durou pouco, porque antes das cinco da tarde, ela já tinha sido religada e funcionava a todo vapor. Os foliões barbacenenses cultivam hábitos estranhos. Grupos de cinco, sete, 10 pessoas andam em fila indiana, fazendo coreografias estranhas, tomando batidas de qualidade duvidosa e jogando spray de espuma nos outros. O mesmo spray de espuma que alegrava os pirralhos de tarde era utilizado como parte de um ritual de acasalamento à noite. O sujeito jogava a espuma na “gatinha”*, como forma de chamar sua atenção, dando início a uma aproximação. De vez em quando funcionava, de vez em quando não.

Por essas e outras que preferi acompanhar o carnaval da janela e em doses homeopáticas. Para 2006, ficou definida a criação de um bloco, homenageando uma figura do meu círculo de amizades.

Comment (1)

  1. Rodrigo Medeiros

    “Passarinho que come pedra sabe o cú que tem.” Isso é nick utilizado por mim e reclamo aqui o direito de uso do dito popular. Hoje porém eu mudei para “Urubu quando tá com azar o de baixo caga no de cima.”. Mundo maldito! Carnaval maldito! Sorte maldita!

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