Notícia do UAI hoje comenta que População acha que BHTrans multa para ganhar dinheiro. Sinceramente, discordo. Como também discordo da idéia de que “cada fiscal tem a meta de dar 18 multas por dia”. Qualquer um que anda pelas ruas de BH vê que é MUITO fácil canetar 18 infratores diariamente. Só de estacionamento proibido eu vejo pelo menos uns 20 casos todos os dias.
Antes que falem alguma coisa, não defendo a BHTrans. Acho que é uma empresa de engenharia de trânsito que não faz o que se propõe e não gasta um centavo em campanhas educativas. Pior, também não se esforça em melhorar sua imagem junto aos cidadãos.
Enfim, o que eu quero dizer é o seguinte. O problema das multas, na minha humilde opinião, gira em torno de duas coisas: falta de educação e Lei de Gerson. Quando só andava de carro já tinha essa opinião. Agora que também rodo de bicicleta, isso fica mais evidente. É impressionante como o trânsito da cidade agarra por conta de engraçadinhos e espertinhos, que fecham cruzamentos, param em local proibido (às vezes embaixo das placas), tentam entrar em vias quando não há mais espaço, estacionam em esquinas e pontos de ônibus, etc. Ai a BHTrans multa e o sujeito vem reclamar, argumentando que é uma injustiça, uma sacanagem e coisas do tipo. Pura perda de tempo.
É preciso colocar na cabeça das pessoas que dirigir e viver em uma cidade não constituem exercícios solitários. Ou seja, não vou dirigir só pra mim e o resto dos motoristas que se fodam. Por outro lado, não é preciso ser bonzinho. Eu por exemplo chego a ser chato quando vejo motoristas folgados tentando se dar bem em cima de mim. Não deixo mesmo, fico estressado, brigo e reclamo.
Esse é um assunto que dá muito pano pra discussão, muito mesmo. E que seria bem legal se essa discussão fosse levada para as ruas, através de campanhas, movimentos, sei lá. Ideal seria uma aproximação da BHTrans com a população, trabalhando em conjunto. Só que isso parece que vai demorar. Até lá, parece que, infelizmente, a lei do “cada um por si” vai ser a única em vigor na cidade.
Chico Rulez!
Bravo! Parece que você andou lendo meus pensamentos pra escrever esse post. Parabéns.
O que mais me irrita (mais até do que os Gérsons nossos de cada dia) é a maneira como as pessoas não respeitam pedestres. Eu paro na faixa e escuto buzinaços escandalosos. Mas a cara de satisfação dos pedestres quando vêem que eu levantei o dedo pelo teto solar ao buzinador mal-educado, por si só, faz valer a pena.
Terence
A BHTrans aumenta as chances da infração – misturando os mal-educados com os que eventualmente infringem. Mas que em condições mais adequadas não estariam desrespeitando leis. Como, por exemplo, as pessoas que, de repente, descobrem que a frente de sua casa virou estacionamento rotativo. Ou que já não há espaço algum na cidade livre do risco da infração.
Este é um ponto válido e é ingenuidade não achar que a BHTrans não trabalha com isto em mente. A contratação dos marronzinhos é um cálculo econômico simples: mais gente na rua, mais arrecadação.
Há os mal-educados, claro. Mas há também a transformação de todo o espaço urbano em uma oportunidade para multar.
Diego
Concordo com o comentário acima. Acho que o bom senso é fundamental; falta de educação é osso. Mas daí a transformar TODAS as ruas em estacionamento rotativo fica difícil. Não estou falando que ” já q tá ruim, vamos infringir”, mas precisava de um planejamentozinho mais detalhado, né não?
Paula
Felipe, nem preciso dizer que concordo com você em gênero, número e grau. Já conversamos muito sobre isso. E para mim, não existe infrator eventual, infrator é infrator e pronto. Moramos em uma cidade grande, e como em qualquer cidade grande, não existe a menor possibilidade de aumentar o espaço adequado para estacionamento nas ruas. Na região em que moro todas as ruas têm estacionamento rotativo e eu uso a garagem, quem me visita durante a semana tem que usar o faixa azul. Agora,o que eu acho mais incrível é que as pessoas que descumprem as leis de trânsito, sobretudo a do estacionamento em local proibido, preferem correr o risco de ter o carro rebocado e pagar multa e mais uma série de coisas ao invés de pagar um estacionamento. Vai entender…
Gabriel
Prestimável cabeção,
Em passagem pela Holanda, uma coisa me chamou a atenção em Amsterdão(como dizem os lusitanos).
Todos sabemos que a venda, porte e consumo da maconha é condizida de maneira bastante liberal e sob o aval das autoridades(um exemplo a ser observado por todas as nações), bem como a prostituição, que tb ocorre abertamente. Vale lembrar q os usuários de ambos os serviços, ao contrário do que ocorre no Brasil, não são considerados cidadãos com pouca vergonha na cara. Acho q uma coisa q esta presente desde os primórdios da humanidade não pode ser abafada simplesmente por uma lei, como é feito em todo o mundo. Enfim.
Passeando em meio a janelas onde loiras alugam seus corpinhos e onde marroquinos vendem seus fumos, um brasileiro bem como qualquer outro cidadão de origem ocidental, preserva sua parcela de disconfiança, por puro habito. Mas a oq se vê é q não ocorre nenhum episódio sinistro ou agressivo por parte dos transeuntes, sobretudo por uma simples razão: Os policiais de lá ficam todos a paisana.
Fantástico!
Não se vê quase nenhum policial nas ruas de Amsterdam. Agora poderíamos instituir isso no Brasil. E pq não? Provavelmente diriam q é uma afronta a liberdade, ou sei lá oq. Mas é o mesmo caso dos pardais nas avenidas de BH. O camarada reclama q a BHTrans quer apenas fazer dinheiro, mas ela só faz dinheiro se o cara transgredir a lei. Oras! Basta não transgredir q vc não será multado! SIMPLES!!
Em Amsterdam a sensação de segurança é total. Obviamente q as diferenças são bem complexas, mas creio q o fato de o meliante não saber quem é policia e quem não é dificulta bastante o delito tramado por ele.
Enfim… sigamos no Brasil! ano dois mil! Céu azul! na américa do Sul! Uhhúu!
raphael henrique
pois é quando vc receber multas injustamente , vai mudar de idéia!!!!