Eu sempre fico pensando se conseguimos perceber as nossas mudanças ou só nos damos conta quando as pessoas falam conosco. E eu realmente não tenho respostas pra isso. Do meu lado, preciso parar para olhar que mudei. De repente é um “Ó! Não acredito que fiz isso”.
Esse parágrafo pode parecer fora de contexto, especialmente falando do SXSW, mas não se enganem. Tem tudo a ver. Essa terceira vez em Austin me mostrou que eu estou mudando, chegando mais perto daquilo que eu gostaria de ser.
E tem a ver com exposição controlada ou não ter medo de mostrar o quem eu sou e o que eu faço. Em 2018, eu e o Marcos encaramos essa ida como um investimento de fato. Estar em Austin foi um investimento para a marca, foi um investimento e uma oportunidade de crescimento pessoal. Foi um plano ambicioso, pelo menos do ponto de vista de cobertura e conteúdo do evento. E foi um ponto de alerta: não dá para abraçar o mundo com quatro braços. Fomos até o nosso máximo, até a bateria acabar. Fizemos 10 transmissões ao vivo e mais seis vídeos com resumos do dia, além de twitter e instagram stories. Além das anotações e fotos. Além do material que vai ser compilado e que vamos utilizar ao longo do ano. Além dos projetos que deixamos em São Paulo. Vamos publicar muita coisa sobre o que vimos no SXSW, fiquem ligados.
Esse foi o ano mais produtivo para conhecer pessoas. Muitas iniciativas legais, muitas conversas boas, muita gente interessante. E para isso, tivemos que nos desdobrar. E, por várias vezes, eu precisei enfrentar reuniões sozinho. Eu achava que não era capaz de fazer isso. Pois sou e não acho que fiz feio. Fiz reuniões em português e inglês, conheci gente em português e inglês, foi um estouro total. Obviamente, negócios e projetos não são fechados em uma reunião somente, mas foi reconfortante ver como evoluí nesse sentido.
![](http://www.felipemenhem.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/20180309-sxsw2018-026.jpg)
18.3 foi pra conta. Eu e o Jeremy Thiel, head coach do Crossfit Central.
Também encarei a experiência de ir a um box de crossfit no exterior. (Sim, eu faço crossfit!) Tudo para fazer o 18.3, um dos exercícios do Open, que é a classificatória para o Crossfit Games. É óbvio que não vou participar do mundial, mas levar a sério o esporte e perder a vergonha eram os objetivos principais. Agendei minha ida ao Crossfit Central, conheci pessoas incríveis lá e fiz o workout. Fiz mal, mas fiz.
Também resolvi sair da zona de conforto conhecendo outras áreas de Austin. Saí dos limites do centro – O Rio Colorado ao sul e a I-35 à leste. Fomos até à South Congress comer comida mexicana, fomos até a East 7th conhecer um restaurante, ouvir a banda do motorista do Uber que nos pegou no aeroporto e, em outro dia, ouvir música country.
![Pessoas dançando ao som de uma banda de música country.](http://www.felipemenhem.com.br/site/wp-content/uploads/2018/03/20180314-sxsw2018-072.jpg)
Country no White Horse
Para terminar, eu queria fazer dois agradecimentos públicos, já que essa aventura só foi possível por conta de duas pessoas: Carol e Caco. Cada um na sua frente.
A Carol é a pessoa mais incrível para a logística de casa continuar fluindo. Sacrificou parte do seu tempo para tomar conta de Olívia e Amora, nossa dupla dinâmica de whippets, me deu tranquilidade quando as coisas apertaram. Parceria e amor fazem parte disso tudo e tudo é lindo dessa forma.
Se a gente fizesse uma analogia com a Apollo 11, o Caco seria o nosso Michael Collins. O cara que ficou na base, garantindo que os projetos em São Paulo continuassem correndo da melhor forma possível e que nada ficasse descoberto. Não que eu e o Marcos sejamos Neil Armstrong e Buzz Aldrin, mas conseguiram entender, né?
Austin que nos aguarde em 2019!